segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Viva em paz

*E cada vez que eu respiro a dor que está aqui dentro vem arranhando minha garganta. Falta de amor já não é sentimento nem dor física, é o que está desgovernando as minhas ações. Talvez seja mais uma crise que vem chegando, mas eu só não consigo me conter. As palavras vêm em minha mente como se não houvesse cadeias que pudessem prender, e mesmo que eu não escreva as palavras gritam seus desejos em minha alma.
*Não há mais medo, o que sinto vai além do que se pode crer. É um vazio que não consegue ser suprido. Como se ele não quisesse sair daqui, como se meu peito fosse o lugar ideal pra se viver. Aqui, bem aqui onde eu não consigo nem respirar quando mais viver uma vida apresentável.
*A falta também foi embora. Agora sim não resta mais nada que atrapalhe minha sobrevivência. Não há mais dor ao inspirar, nem felicidade que seja substituída por qualquer outra coisa. Simplesmente não me resta nada. É mais um dia, mais um dia em que imploro por caridade, em que alguém me permita ver.
*Eu só preciso ver através da janela do banheiro. Eu só preciso ver de longe, para que eu não possa cheirar. Eu só preciso de um pouco de desatenção para espiar o que está acontecendo aí. Caminharei para onde for mandada, após uma ultima realização. Não há mais caminhos para trilhar, eu só vou seguir. Preciso ver você, vivendo em paz.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Está ficando compulsiva! :S

*Chega a ser ironico o quanto ele está sempre certo. Eu aqui, do lado de fora da minha casa, tentando culpar alguém por mais um desastre. Chorando, como sempre e nem assim minha cabeça consegue forçar a culpa sobre ti. Afinal, só me prova o quão tola eu fui, inventando frases dele para acreditar. Não houve fala.
*A cena é constrangedora, mas a visão turva não me deixa ver como estou ridicula diante dos pedestres. O celular tras a inevitável esperança enquanto acende as luzes e vibra. Um segundo depois os olhos levam ao coração o desconsolo. Estou mais dramática, mas a força dentro de mim vai embora enquanto releio as mensagens recentes.
*Estou tentando manter o controle, não mordo as mãos, não deixo marcas no meu corpo. O orgulho já está suficientemente ferido.
*Alguém chega, as marcas nos meus olhos tem de sumir, alguns traços vermelhos podem passar por um cisco. A gota de um gosto amargo não cristaliza e nem evapora, fica aqui passeando no meu organismo esperando a proxima retração desabada em pranto.
*Há menos de uma hora atras eu teria alguem para me confortar, um abraço quente que levaria todo o nervosismo. Os textos grandes voltaram, a maior prova física da minha dor.
*Não há piada que me alegre, não há sorriso que acalme, não há musica que me toque, nada que traduza esse sentimento. Eu não o vejo, mas posso ouvir os passos apressados do outro lado da porta.
*O meu medo é só bobagem, a minha dor há de construir a mais perfeita das muralhas. Isso não é proteção, nem promessa. Dói demais ter que partir, o silencio me acompanha, velho amigo. Ele não abandona, mas fere demais.

M

Ps.: Lucas, i'm moving back.
Não há musica para queimar hoje, não hoje.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Keep on the way

*Já sonhei com isso antes. Não era meu plano de vida, mas as coisas mudam. Não é com quem eu sempre quis estar, mas tem sido bom estar contigo. Eu não sonho com ele, não mais. Você está ocupando minha mente.
*Medo. É a palavra que eu encontro agora, em todas as paredes do meu 'famoso' quarteirão. Você estava ali, onde eu esperava continuar sozinha. Meus passos iam em direção ao nada, e o teu caminho cruzou o meu.
*Estou em cima do monte, analizando os caminhos a seguir. O meu rumo continua seguindo o pôr-do-sol. Eu não reconheço o teu daqui de cima.
Não posso depender dos teus passos, mas as horas se passaram e eu já não sei mais voltar para mim mesma.
*Não conheço as suas intenções, não tive tempo de aprender a analizar o teu rosto. Conheço teu sorriso, teu abraço e isso me tira do chão. Do meu-seu caminho árduo demais para andar. Andar sem expecativa de um sossego, sem saber se é a luz que estou buscando.
*Eu achava que ia encontrar ele e você me encontrou. Seguirei em frente, mesmo que tua vida tenha curvas. Foi assim que me propus, acima de tudo. E é pra lá que eu vou.


Obs.: Lucas, tá de pé o nosso plano? Está contigo meu farolete, te encontrarei.

M